sexta-feira, abril 14

Olho por olho, mas filho por filho, NÃO!

Sempre óbvio, o PT agora quer pacto para blindar famílias:finge que um Thomaz Alckmin vale por um Lulinha.

Errado — O PT é tão aborrecidamente previsível, que chega a ser impressionante que já não tenha levado um nó das oposições.

Vejam lá um texto que escrevi, que ainda está na homepage, intitulado “Chamem os filhos”. Nele, eu dizia que os ataques à família de Alckmin buscavam, na verdade, preservar Fábio Luiz dos Santos, o filho de Lula.

Pois bem: o PT já falou dos vestidos de Lu Alckmin, da casa de chá de Thomaz, filho do ex-governador, já jogou, enfim, no mar de ilações a família do adversário. Feito o trabalho, agora muito civilizado e superior, consta que Lula quer um pacto para blindar as famílias da disputa política. Naquele texto, eu também defendia — e defendo ainda — que Thomaz aceite o convite para explicar na Assembléia Legislativa sua sociedade com a filha do acupunturista.

E Fábio Luiz da Silva, o gênio da Gamecorp, que está em expansão, vai à CPI dos Bingos explicar a injeção de dinheiro que a Telemar, de que o BNDES (um banco público) é sócio, fez na sua empresa. Ainda que ambos os rapazes tenham o que esconder, aposto o braço direito (que é o bom) que não haverá um empate. Estou absolutamente convicto de que Lula quer menos o seu filhote falando sobre a Gamecorp do que Alckmin, o seu, sobre a casa de chá.

É em momentos como esse que falta à oposição a devida ousadia. Talvez ela não perceba que, como está, o PT está em vantagem. Para todos os efeitos, interessa mais ao presidente do que a Alckmin a ficção de que um Thomaz vale por um Fábio Luiz.

Hora de mostrar a diferença. A proposta de paz do PT estava no programa tanto quanto o ataque. Cumpre surpreendê-lo, rejeitando o empate. — Reinaldo Azevedo

Thomaz Alckmin não tem o que esconder, mas Lulinha sim!
Vamos lá senhores, mostrem as suas cartas!

FELIZ PÁSCOA!