Ex-diretor acusa os petistas de aparelhamento do Inep
O quadro nada otimista é traçado por Carlos Henrique de Araújo, 36, que até duas semanas atrás ocupava o estratégico cargo de diretor de avaliação de educação básica do instituto. 'O Inep está agonizando', acredita Araújo, militante do PT desde 1996 e hoje diretor de uma ONG em Brasília. Mestre em sociologia pela Universidade de Brasília, Araújo assumiu o posto no Inep em 2003, levado pelo então ministro Cristovam Buarque.
Desde o início, ele conta, enfrentou dificuldades relacionadas à deficiência de pessoal e à pouca familiaridade dos presidentes da instituição com a avaliação educacional. 'Mas o aparelhamento partidário cresceu mesmo durante a gestão de Eliezer Pacheco', declara.
Eliezer é atualmente secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação. Marido de Maria do Rosário, deputada federal do PT e ex-candidata a presidente do partido, dirigiu o Inep de fevereiro de 2004 a outubro de 2005. Nesse período multiplicaram-se nomeações em que, segundo Araújo, os critérios políticos foram decisivos.
Criado em 1937 e vinculado ao Ministério da Educação, o Inep já experimentou várias crises e quase fechou durante o governo Collor (1989-1992). A disseminação de exames de avaliação, no entanto, manteve o instituto de pé -neste mês, aliás, ocorrem as provas do Sistema Nacional de Avaliação de Educação Básica (Saeb), com a pretensão de atingir 5 milhões de alunos. Mas a sensação de que algo realmente não vai bem começa pelo número de presidentes que passaram pela instituição desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contando o atual, já foram quatro.
Ricardo Melo, numa entrevista, na Folha
É redundância afirmar o aparelhamento do estado, que petistas incompententes estão espalhados pelo sistema todo só para desviar dinheiro para o "partido" e que nada funciona porque gente incompetente ocupa cargos para os quais não esta preparado, a começar pelo presidente.
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