sábado, novembro 5

Empresário revela ter cedido avião para transportar “dólares cubanos”

O empresário Roberto Colnaghi confirmou ontem ter cedido, em 31 de julho de 2002, o avião Seneca "citado em reportagem da edição de 2 de novembro de 2005 da revista Veja".

Segundo a reportagem, o avião foi emprestado ao PT para o transporte de dólares enviados de Cuba ao Brasil para reforçar os cofres da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Amigo do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, Colnaghi fez questão de frisar, através de sua assessoria de imprensa, ter apenas cedido o avião, eximindo-se de qualquer responsabilidade sobre seu uso. Em nota ditada à Folha por sua assessora de imprensa, o empresário tomou o cuidado de não revelar o beneficiário do empréstimo do avião.

Questionada, a assessoria de Colnaghi argumentou que a identidade está implícita na alusão à reportagem da "Veja". Segundo a revista, Vladimir Poletto, ex-assessor de Palocci, foi o passageiro do avião, saído de São Paulo, com destino a Brasília. Em Brasília, teria sido abastecido com três caixas para serem levadas ao aeroporto de Congonhas.

Nessas caixas haveria US$ 1,4 milhão ou US$ 3 milhões, segundo a revista. Por conta do mau tempo, o avião teve de aterrissar em Campinas. A breve nota também omite o roteiro percorrido. Mas, desde o início da semana, o empresário procurava registro de vôo que cumprisse essa rota. Ao afirmar apenas ter cedido o avião, Colnaghi expressa o desconforto que tem revelado a interlocutores, aos quais alega ter sido surpreendido pelo teor da reportagem.

O empresário diz desconhecer o objetivo da viagem. A amigos, alega que não pergunta para quê quando empresta um avião. No início da semana, jornalistas de Penápolis chegaram a reproduzir esse argumento após uma conversa com ele.
Catia Seabra

O cerco vai se fechando e as denúncias de Veja se confirmando.
E aí petralhas, quem metiu?
A Veja ou mais uma vez esse governo de corruptos, covardes, mentirosos, ladrões, assassinos, traidores...