sexta-feira, outubro 28

Nova bomba na Veja desse fim de semana.

A revista Veja deste fim de semana traz duas reportagens capazes de detonar de uma vez por todas a blindagem do presidente Lula.

De com acordo a matéria de capa da publicação semanal, a campanha de Lula em 2002 teria recebido dinheiro enviado de Cuba pelo ditador Fidel Castro. Seriam US$ 1,4 milhão, que teriam chegado ao Brasil em engradados de rum. A transação envolveria dois assessores do ministro Antonio Palocci, então prefeito de Ribeirão Preto e coordenador do programa de governo do candidato petista.

Um outro texto é igualmente devastador. O próprio presidente Lula teria feito gestões em favor da solução ambicionada por Marcos Valério para a liquidação do Banco Econômico, uma instituição que está de portas fechadas há dez anos. Em julho deste ano, a mesma revista Veja já havia publicado uma reportagem segundo a qual Valério pretendia intermediar o fim da liquidação, com o que pretendia ganhar uma comissão de R$ 200 milhões. Nesta matéria, o publicitário era retratado como alguém que exigia ajuda do PT e do governo e ameaçava fazer revelações constrangedoras. “Vocês vão se ferrar. Avisa o barbudo que tenho bala contra ele”, teria dito Valério ao deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

A reportagem da Veja sobre o dinheiro cubano ilegal para a campanha de Lula, em 2002, revela que o “importador” do US$ 1,4 milhão foi um conselheiro da Embaixada de Cuba, em Brasília. O dinheiro chegou em três caixas, duas de uísque e uma de rum.

Rogério Buratti e Wladimir Poleto, ex-secretários do então prefeito de Ribeirão Preto Antonio Palocci (PT), foram destacados para pegar o dinheiro em Brasília, viajando em um jatinho emprestado por um empresário de São Paulo. O motorista de Palocci, em Ribeirão, foi quem pegou as caixas com Buratti e Poleto e as levou a Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT. Esse motorista continua a trabalhar para Palocci, mas serve na sede do Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro.


Todas as testemunhas falarm abertamente para Veja e gravaram depoimentos contando a história. A divergência é que alguns testemunhos dizem que o dinheiro trazido de Cuba não teriado sido US$ 1,4 milhão, mas US$ 3 milhões. Só o ministro Palocci negou a história.
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