segunda-feira, outubro 17

LULA, A VACA, O CAOS .



A cidade de São Paulo está tomada por elas, as vacas da Cow Parade , iniciativa que integra o chamado “maior movimento de arte de rua do mundo”, que teve início em 1998, na Suíça.

Seus autores são os mais diversos. Depois de 6 de novembro, serão leiloadas. A intenção é recolher ao menos R$ 500 mil para doar à Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança.

Pouco menos do que os ridículos R$ 555,7 mil que o governo investiu neste ano no combate à febre aftosa. Escolhemos a vaca acima em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chama-se Caos, é de autoria de Bia Fioretti e Giba Reis e está instalada na alameda Lorena, na altura do nº 1914, nos Jardins.

Ninguém precisa se esforçar muito para saber por quê. Focos de febre aftosa apareceram no Mato Grosso do Sul e provocaram um sério abalo nas exportações de carne, em que o Brasil havia atingido a liderança mundial.

Depois de um formidável jogo de empurra (Lula, para variar, atribuindo a terceiros responsabilidades que são suas; ele não sabia de nada...), resta de inequívoco uma coisa: o governo, desta feita, cortou literalmente na carne.

Da vaca. Em abril, a Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários enviou carta ao Apedeuta, com cópia para o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e para o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, alertando para o desastre que a falta de verbas para a fiscalização poderia provocar (clique aqui para ler a integra do ofício).

Nada aconteceu, é claro. O tal “maior movimento de arte de rua do mundo” promete para breve uma Donkey Parade. E já sabe que país fará a parada inaugural. É justo.

Primeira Leitura— Reinaldo Azevedo