quinta-feira, outubro 13

Depois que se mata um, matasse mais e mais.

O médico-legista Carlos Delmonte Printes, que participou da perícia sobre a morte de Celso Daniel, prefeito de Santo André, morreu nesta quarta-feira, em sua casa, na zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, Delmonte Printes teria morrido por parada cardíaca em sua casa, na rua Botucatu, na Vila Clementino, zona sul da capital, por volta das 14 horas. Celso Daniel foi assassinado em 2002. Na época, o legista disse que o prefeito de Santo André tinha sido torturado antes de morrer.

A morte do legista é a sétima envolvendo nomes relacionados ao caso Celso Daniel. Embora não tenha provas, o Ministério Público suspeita que a morte de seis testemunhas diretas ou indiretas do caso podem ter sido queima de arquivo.

Uma das principais testemunhas do caso, o seqüestrador Dionísio Aquino Severo foi morto na prisão três meses após o assassinato de Daniel. Segundo os promotores, ele seria o elo entre os executores e o suposto mandante do crime, o empresário Sérgio Gomes da Silva, que nega a acusação.

Sérgio “Orelha”, que abrigou Dionísio em casa dias após o assassinato do prefeito, acabou fuzilado em novembro de 2002. O investigador da Polícia Civil Otávio Mercier também acabou morto após ter sua casa invadida.

Outra morte de testemunha que intriga os promotores é o caso do garçom do restaurante Rubaiyat Antonio Palácio de Oliveira, que atendeu serviu o prefeito e Sérgio Gomes da Silva na noite em que Daniel foi seqüestrado. Oliveira morreu após ser perseguido por dois homens e sua moto ter colidido com um poste. Única testemunha da morte do garçom, Paulo Henrique Brito foi assassinado 20 dias depois, com um tiro.

A última das seis pessoas ligadas ao caso que acabaram mortas é o agente funerário Iran Moraes Redua, que reconheceu o corpo de Daniel no local onde ele foi encontrado, numa estrada de Juquitiba, na Grande São Paulo. “Essa testemunha disse que ao lado do corpo havia um jornal com a foto do prefeito, o que sugere que os executores do crime queriam que ele fosse reconhecido”, afirmou na ocasião o promotor do Gaerco de Santo André. Redua foi morto com dois tiros. Estadao

Como afirmou o irmão de Celso, João Francisco em entrevista ao Programa do Jô. "Há um verdadeiro clima de terror na cidade de Santo André, quando o assunto é o crime"

Todas as testemunhas do assassinato de Celso Daniel foram mortas.
O médico já havia sido convocado para depor na CPI, o dia ainda não estava marcado, mas alguém se adiantou e o médico morreu de uma parada cardíaca.
Quando se leva um tiro na cabeça e outro no coração, acontece uma parada cardíaca.